
O quarto e último dia do Best of Blues and Rock 2025, realizado ontem, domingo, 15 de junho, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, encerrou a 12ª edição do festival com um equilíbrio entre tradição e renovação, celebrando o blues e o rock em diferentes gerações e estilos.
A abertura ficou a cargo da banda Hurricanes, de Santa Maria, Rio Grande do Sul. O grupo, influenciado pelo blues e rock clássico, subiu ao palco pontualmente às 17h20 e apresentou um repertório marcado pela autenticidade e técnica. A Hurricanes, que já havia dividido o palco com grandes nomes como The Black Crowes, reforçou a presença do rock nacional no festival e demonstrou maturidade artística.
O guitarrista Leo Mayer, em entrevistas recentes, destacou a emoção de tocar no mesmo evento que o Deep Purple, sua grande referência. Apesar da admiração, a banda optou por não interpretar nenhum clássico do Deep Purple durante o show, concentrando-se em seu próprio material e conquistando o público com originalidade – para dizer que não houve homenagem, a banda tocou brilhantemente ‘No Quarter’, do Led Zeppelin.
Em seguida, Judith Hill, cantora norte-americana, fez sua primeira apresentação solo no Brasil. Conhecida pelo trabalho como backing vocal de Prince e Stevie Wonder, Hill trouxe ao palco um set de soul e blues, mesclando interpretações potentes e uma presença de palco envolvente. Sua performance foi vista como um respiro melódico e sofisticado, ampliando o leque de estilos do festival e cativando a plateia.

O ponto alto da noite e do festival foi o show do Deep Purple, que encerrou a programação com um concerto de mais de duas horas, repleto de clássicos que atravessam décadas. Com Ian Paice na bateria, Roger Glover no baixo e os demais integrantes da formação clássica, a banda britânica manteve o alto nível técnico e a energia característica, reafirmando seu status de lenda viva do rock. O setlist incluiu grandes sucessos como “Smoke on the Water”, “Highway Star” e “Black Night”, entre outros, agradando tanto fãs de longa data quanto novos ouvintes.
Em coletiva à imprensa, os membros do Deep Purple demonstraram carinho e respeito pelo público brasileiro. Roger Glover, em especial, enviou uma mensagem calorosa: “Nós estamos realmente ansiosos para encontrar os brasileiros, que são pessoas maravilhosas”, ressaltando a conexão histórica da banda com o país. Ian Paice reforçou o sentimento de gratidão e a expectativa de voltar sempre, consolidando a relação entre a banda e o Brasil.

O Best of Blues and Rock 2025 encerrou, assim, sua edição com uma noite que celebrou o passado e o presente do gênero, promovendo encontros inesquecíveis entre artistas e público, e reafirmando seu papel como um dos principais eventos musicais do país.