
O Judas Priest realizou um side show ao lado do Queensrÿche na Vibra São Paulo neste domingo, 20 de abril de 2025, um dia após se apresentar no Monsters of Rock. Com mais de cinco décadas de carreira, a banda britânica demonstrou que ainda mantém um padrão elevado de qualidade ao vivo, liderada pelo vocalista Rob Halford, que, aos 73 anos, segue impressionando pela entrega vocal e presença de palco.
O repertório incluiu clássicos como “Painkiller”, “Victim of Changes”, “Breaking the Law” e “Electric Eye”, além de faixas do álbum mais recente, Invincible Shield (2024). Halford, mesmo ciente das limitações naturais da idade, não evitou músicas de difícil execução, mantendo sua reputação como um dos grandes nomes do gênero. O vocalista ainda homenageou o guitarrista Glenn Tipton, afastado dos palcos por questões de saúde, antes de executar “Victim of Changes”.

Os guitarristas Richie Faulkner e Andy Sneap dividiram os holofotes ao longo da noite. Faulkner, que assumiu papel de destaque após a saída de K.K. Downing e o afastamento de Tipton, mostrou-se recuperado de graves problemas de saúde e manteve a energia característica dos solos da banda. Sneap, mais discreto, também demonstrou evolução em sua atuação ao vivo.
A seção rítmica ficou a cargo do baixista Ian Hill e do baterista Scott Travis, este último responsável por linhas marcantes como a de “Painkiller”. Travis, mesmo sentado durante toda a apresentação, exibiu precisão e energia, reforçando a solidez do grupo.

O show do Judas Priest em São Paulo confirmou o status da banda como uma das mais longevas e respeitadas do heavy metal, reunindo público de diferentes gerações e reafirmando sua relevância mesmo após 55 anos de estrada. O show reforça a conexão histórica do Judas Priest com o Brasil, que já soma nove turnês pelo país. A apresentação reafirmou a relevância da banda no cenário internacional, mostrando que experiência, reinvenção e respeito ao legado são marcas que sustentam o Priest como referência absoluta no gênero