
Em entrevista recente ao Monsters Of Rock TV, Mikael Åkerfeldt, vocalista e guitarrista do Opeth, comentou sobre a trajetória musical da banda sueca e a relação com suas origens sonoras. Segundo Åkerfeldt, a ideia de “manter-se fiel às raízes” nunca foi uma prioridade para o grupo, que sempre buscou liberdade criativa e evolução a cada disco.
O músico afirmou que, apesar de alguns fãs considerarem que o Opeth abandonou suas bases, a essência da banda sempre foi a vontade de experimentar e não se prender a um estilo específico. “Nossos primeiros álbuns já mostravam mudanças, e sempre gostamos dessa evolução”, declarou. Para ele, as raízes do Opeth são, justamente, a busca por novos caminhos e a recusa em estabelecer limites para a própria música.
Åkerfeldt também relembrou o início da carreira, quando a banda não tinha público e se sentia livre para criar sem referências externas. Ele destacou o interesse precoce por gêneros variados, como death metal, rock progressivo, jazz e música clássica, o que influenciou diretamente a sonoridade mutável do Opeth ao longo dos anos.
A postura de constante reinvenção se reflete no álbum mais recente do grupo, “The Last Will And Testament”, lançado em novembro de 2024, que mantém a tradição de incorporar novas influências e colaboradores, como o flautista Ian Anderson (Jethro Tull) e o vocalista Joey Tempest (Europe).
O Opeth foi recentemente premiado na categoria “Melhor Hard Rock/Metal” no Grammis, principal premiação da música sueca, reconhecimento que reforça a relevância da banda mesmo diante das mudanças de estilo ao longo de sua carreira
Além do Monsters of Rock 2025, a Mercury Concerts, organizadora do evento, também anunciou sideshows para complementar a experiência dos fãs. No dia 20 de abril, Judas Priest e Queensrÿche se apresentarão na Vibra São Paulo, enquanto Savatage e Opeth farão shows completos no Espaço Unimed no dia 21 de abril. Os ingressos para o festival e os eventos paralelos estão disponíveis no site da Eventim.