Noite de Clássicos e Novas Vozes: Alice Cooper e Bandas Nacionais Brilham no Festival

O terceiro dia do Best of Blues and Rock 2025, realizado no sábado, 14 de junho, no Parque Ibirapuera, São Paulo, consolidou o festival como um dos principais eventos de música ao vivo do país, reunindo peso histórico, performance técnica e renovação das cenas nacional e internacional do rock.

A abertura ficou a cargo do projeto Charlie Brown Jr. — Marcão Britto e Thiago Castanho, que levou ao palco dois dos guitarristas originais da icônica banda santista. A apresentação foi marcada por uma energia contagiante, capaz de agradar tanto fãs antigos quanto novos ouvintes. O setlist trouxe clássicos como “Papo Reto”, “Zoio de Lula”, “Só os Loucos Sabem” e “Tamo aí na Atividade”, com Marcão e Thiago dividindo vocais em algumas faixas, além de Rafael Carleto assumindo parte das vozes.

Acompanhando o projeto, o baixista Denys “Mascote” Rodrigues e os bateristas André “Pinguim” Ruas e Bruno Graveto reforçaram a sonoridade robusta do grupo. O show foi visto como uma celebração necessária do legado de Chorão e Champignon, figuras centrais da história do Charlie Brown Jr., e um exemplo de como a música pode transcender a ausência de seus protagonistas originais.

Em seguida, a guitarrista Larissa Liveir subiu ao palco, representando a nova geração do rock nacional. Com técnica apurada e presença de palco marcante, Liveir trouxe um repertório que mesclou influências do rock clássico com elementos contemporâneos, reforçando o papel das mulheres na cena musical brasileira e demonstrando que o rock segue pulsante e diverso.

A banda Black Pantera ocupou o terceiro slot da noite, levando ao público uma explosão de energia e atitude. Com um som que mistura rock, metal e elementos do rap, o trio mineiro mostrou por que é uma das bandas mais comentadas do momento, conquistando a plateia com letras engajadas e performance visceral.

O ponto alto do terceiro dia, no entanto, foi o espetáculo de Alice Cooper, que encerrou a noite com um show grandioso e teatral. Aos 77 anos, o artista americano provou que continua sendo uma referência absoluta em performance e entretenimento. O setlist incluiu clássicos como “No More Mr. Nice Guy”, “I’m Eighteen”, “Poison” e “School’s Out”, além de momentos marcantes como o solo de bateria de Glen Sobel e o solo de guitarra de Nita Strauss. A produção visual foi impecável, com elementos de horror e fantasia que remetem às origens do rock teatral, mas sem perder de vista a qualidade musical e o carisma do artista.

O público presente pôde acompanhar não apenas grandes nomes do rock internacional, mas também a força renovada da cena nacional, em uma noite que equilibrou nostalgia e inovação. O terceiro dia do Best of Blues and Rock 2025 mostrou que o festival segue sendo um espaço de celebração da música em todas as suas vertentes, promovendo encontros entre gerações e estilos, e consolidando São Paulo como uma das capitais mundiais do rock.

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