
O sumiço repentino de “Toxicity”, álbum clássico do System of a Down lançado em 2001, pegou fãs de surpresa nesta semana. Enquanto a banda segue em turnê pela América do Sul, o disco desapareceu do Spotify para usuários em diversos países, sem qualquer explicação oficial. Apenas três faixas – “Chop Suey!”, “Aerials” e a faixa-título – seguiram disponíveis, mas apenas em coletâneas, não no álbum original.
A ausência alimentou especulações nas redes sociais e fóruns como o Reddit, onde fãs relataram o problema e buscaram respostas. Um fã-clube da banda chegou a informar que tanto o System of a Down quanto a gravadora Sony estavam cientes do ocorrido e trabalhando para resolver a situação. No entanto, até o momento, não houve pronunciamento oficial do grupo ou da gravadora.
O álbum retornou à plataforma já na quinta-feira (1º), mas relatos de instabilidade persistiram: alguns usuários ainda não conseguiam reproduzi-lo em determinados dispositivos, como computadores, embora o acesso pelo celular estivesse normal. O Spotify, em seu FAQ, explica que a disponibilidade de músicas depende das permissões dos detentores dos direitos autorais, e que eventuais sumiços anormais geralmente são responsabilidade da gravadora ou distribuidora.
Esse tipo de episódio não é inédito. Em 2023, álbuns do Iron Maiden também ficaram temporariamente indisponíveis no Spotify, retornando dias depois. O caso do System of a Down expõe a dependência dos fãs em relação aos acordos de licenciamento e à instabilidade inerente ao streaming, mesmo para obras consagradas e de grande audiência – “Toxicity”, por exemplo, já ultrapassou a marca de 1 bilhão de execuções na plataforma.
O incidente serve de alerta para a volatilidade do acesso digital à música. Mesmo álbuns icônicos podem desaparecer sem aviso, reforçando a importância de diversificar fontes de acesso e de questionar a centralização dos catálogos nas mãos de poucas empresas e gravadoras.
O System of a Down retorna ao Brasil agora em maio de 2025 para uma série de cinco shows que marcam a aguardada volta da banda após quase dez anos longe dos palcos nacionais. As apresentações acontecem em Curitiba (6/5, Estádio Couto Pereira), Rio de Janeiro (8/5, Estádio Nilton Santos/Engenhão) e São Paulo, que recebe três datas: 10 e 11 de maio no Allianz Parque (ambas esgotadas) e uma extra em 14 de maio no Autódromo de Interlagos, com participações especiais de AFI e Ego Kill Talent.
Os ingressos para a data extra estão à venda pela plataforma Eventim, com valores entre R$ 247,50 (meia-entrada, cadeira superior) e R$ 1.095,00 (inteira, pista premium), além de opções VIP e Hot Seat. A turnê faz parte do giro sul-americano “Wake Up!”, que também passa por Colômbia, Peru, Chile e Argentina, e promete repertório variado, incluindo clássicos do álbum “Toxicity”